35 anos de The Legend of Zelda

A série “The Legend of Zelda” está completando 35 anos hoje e eu não sossegaria se não trouxesse um texto falando sobre meus sentimentos com a maior francine franquia dos games.

Tive meu primeiro contato com videogames aos 2 anos, quando ganhei de presente um Atari. Não tenho lembranças dessa época, por motivos óbvios, mas depois disso fui sempre adquirindo novos consoles. Passei pelo NES (através de um Top Game e um Dinavision 3), pelo Snes, pelo Mega Drive (meu único console não-Nintendo depois do Atari), um Game Boy pocket e um N64. Pulei a época do Gamecube mas depois adquiri um Wii, um Wii U, um 3DS e o meu xodó Nintendo Switch.

Uma parte da singela coleção

Não é segredo nenhum que sou apaixonado pela Série The Legend of Zelda. Uma das minhas cachorrinhas se chama Zelda e outra eu briguei pra que fosse Impa, mas como fui voto vencido ela foi batizada de Samus. Também tive a Lana, homenageando a personagem do primeiro Hyrule Warriors, mas infelizmente ela nos deixou há algum tempo.

Lana, de Hyrule Warriors

Curiosidade: minha filha mais nova só não se chama Zelda justamente pelo fato de eu já ter um cachorro com esse nome, senão já era também.

Hoje, além de jogador sou pai e tenho duas meninas que também jogam. A mais velha sempre me acompanhou jogando e conhece a série de cabo a rabo (lembro até hoje de quando ela matou seu primeiro Octorok no Zelda 1 do Virtual Console do Wii). A mais nova desde pequena corrigia quem chamava Link de “o Zelda“. Quando eram pequenas não era raro ver as duas sentadas lado a lado, a mais velha jogando Spirit Tracks no DS enquanto a mais nova passeava em A Link Between Worlds procurando cavernas e batendo em qualquer coisa que aparecia (típico de uma criança de 3 anos jogando videogame). Hoje as duas jogam menos, mas de vez em quando ainda vejo elas montando pássaros em Skyward Sword, transformadas em lobo em Twilight Princess ou passeando pela Hyrule devastada de Breath of the Wild.

Curiosidade 2: a mais nova sempre se identificou com a roupa vermelha do Link em A Link Between worlds pois era da mesma cor do uniforme do jardim de infância que ela ficava. Como uniforme era carinhosamente chamado de “Chapolin“, então o Link vermelho acabou virando o “Chapolink” pra ela.

O mais engraçado de tudo é que apesar de ser minha série favorita eu sempre jogava cartuchos emprestados ou alugados e nunca havia comprado um jogo dela até o lançamento de Skyward Sword com seu belíssimo controle dourado. De lá pra cá adquiri Wind Waker HDOcarina e Majora 3D, o já citado A Link Between Worlds, Trifoce Heroes, Hyrule Warriors (no Wii U e no Switch), Breath of the Wild, Link’s Awakening Remake e mais recentemente Age of Calamity, além de Minish Cap no Virtual console do Wii U, Zelda 2 e Oracle of Ages & Seasons no Virtual console do 3DS.

Joguei todos os títulos lançados, mesmo que ainda não tenha terminado dois deles (calma que ambos estão em andamento).

O primeiro da cronologia e também minha primeira aquisição.

Foram 35 anos bastante atribulados, mas que valeram a pena graças a Link, Zelda, Ganondorf e aos seus aliados e inimigos.

Nesse tempo eu toquei harpa, ocarina, flauta, uma guitarra feita com um peixe, percussão, e até um instrumento de sopro estranho. Fiz amigos que me ajudaram, conheci criaturas que me traíram, gente do bem, gente do mal e alguns que transitaram entre os dois lados.

Foi tempo suficiente pra que eu pudesse me tornar um garoto desprotegido que ganhava uma espada pra se defender em um mundo perigoso;

Um jovem que evitava a ressurreição do Rei Demônio ao mesmo tempo em que tentava trazer sua princesa de volta do sono eterno;

Um garoto dorminhoco que acordava ouvindo vozes e rumava em uma jornada para evitar que o mundo fosse consumido pelas trevas;

Um garoto que não tinha uma fada mas que depois se tornou o herói do tempo;

Um herói desconhecido que salvou o mundo da queda da Lua;

Um menino preso em um sonho tendo que se libertar dele, ainda que isso significasse destruir tudo ao qual havia se apegado;

Já viajei através das eras e das estações para evitar que duas bruxas ressuscitassem o Rei Demônio (esse cara tem um fã clube hein…);

Já me dividi em quatro pra atrapalhar os planos de um feiticeiro maligno;

Controlei os ventos e naveguei pelos mares;

Conheci seres minúsculos que me ajudaram a salvar o reino e minha amiga princesa;

Fui um mero ajudante de criador de cabras transformado em lobo;

Naveguei novamente os mares em busca da ampulheta fantasma;

Fui um estudante que voava em um pássaro vermelho e que tinha uma espada falante;

Já viajei entre dois mundos e virei uma pintura na parede;

Fui um maquinista tentando restaurar uma torre espiritual;

Já me uni a personagens de outras dimensões para derrotar uma feiticeira;

Acordei de um sono de 100 anos pra ver meu reino devastado e a princesa precisando da minha ajuda para salvá-lo;

Já batalhei contra hordas de inimigos mortais que destruiriam meu reino no futuro;

Não sei qual será minha próxima missão, mas aguardo ansiosamente pra poder retornar à Hyrule e descobrir se eu vou salvar a princesa ou se ela vai me salvar.

As várias encarnações do Herói. Ou seriam as minhas encarnações?

Não posso deixar de mencionar aqui o belíssimo trabalho feito por Miyamoto, Aonuma e suas equipes, que conseguiram fazer com que todo esse mundo de fantasia ficasse gravado nas minhas memórias e que hoje tal qual uma Ocarina azul me levam de volta no tempo trazendo lembranças tão belas que fazem com que lágrimas escorram pelo canto dos olhos enquanto escrevo este texto.

A gangue reunida

A frase “mais que um jogo, uma lenda” pode parece clichê, mas The Legend of Zelda é icônico demais pra ser reduzido a apenas uma franquia de jogos. Pra mim, é a maior, mais importante e mais influente franquia de todos os tempos, com o devido respeito a Super Mario que figura em segundo lugar.

Como já disse antes, eu sou apaixonado pela série e nunca neguei isso pra ninguém, mas até pouco tempo eu não sabia o porquê disso. Afinal, qual o motivo pra ser tão fanboy de um jogo? Parei pra pensar e notei que sempre que eu termino um Zelda eu fico meio pra baixo, procurando algo pra suprir a falta que esse jogo me faz e depois de um tempo vem a decisão: jogar Zelda novamente.

Eu voltaria no tempo pra jogar tudo de novo.

Então um dia a ficha caiu de vez: Eu não gosto de jogar vídeo game. Eu gosto de jogar Zelda.

Feliz 35 anos, The Legend of Zelda!

Fmrbass

Fã de Zelda e adepto da Nintendo desde que se conhece por gente. Fora um Atari e um Mega Drive, todos os seus outros consoles foram Nintendo. Nunca teve um Playstation ou Xbox (e nem pretende ter), já que nunca viu motivo pra isso.