SNES e a sua super valorização
Fala galera! Beleza? Que o SNES foi um grande videogame, um emblemático marco na indústria de games ninguém duvida. Que ele tem excelentes jogos também não. Porém, será que ele vale toda essa fortuna que estão cobrando por um exemplar clássico nos dias de hoje? Neste artigo apresento a vocês uma reflexão sobre o quanto o Super Nintendo têm sido valorizado ultimamente. Como sempre digo, espero que apreciem! =D
O SUCESSO DO SNES
É unanimidade entre os colecionadores e jogadores de videogame veteranos: o SNES foi um tremendo arrasa-quarteirão quando chegou no mercado. O lado vermelho da Guerra dos Consoles trouxe toneladas de jogos de peso, icônicos, de excelente qualidade e primor técnico durante sua vida até a chegada de seu sucessor, o nem tão bem amado Nintendo 64. Quem viveu a infância nos Anos 90 sente arrepios até hoje quando via as propagandas do SNES na TV promovidas pela Gradiente, principalmente após o lançamento de Donkey Kong Country, com o simpático casal de chimpanzés falantes e o maravilhoso slogan no final da propaganda: É Nintendo, ou NADA!!
De fato o SNES foi o sonho de consumo de boa parte de crianças e adolescentes naquela época, a ponto de muitos manterem essa paixão viva até hoje. Mesmo com a comodidade e praticidade dos emuladores, muita gente ainda prefere ter o console original. E o problema começa justamente aí…
UM POUCO DE HISTÓRIA
Você é um jovem adulto na casa dos seus 30 anos. Você jogava SNES na locadora do seu bairro. Disputava altas lutas no MK, Street Fighter II, ou rachas fenomenais em Super Mario Kart, Top Gear e F-Zero. Maravilha! Aí lembrando com carinho e calor no peito dessa época, decide procurar um SNES nos dias de hoje para comprar. Encontra com muita facilidade, pois até aquele seu vizinho chato tem um guardado até hoje. Este é o perfil de um fã de SNES que dificilmente terá algum transtorno ao adquirir seu console favorito de volta. E também não será este o cara que vai colaborar para promover a “onda”.
“Onda? Mas que onda?” A onda dos vendedores abusivos. Falar desse tipo de vendedor rende não um, mas uma série inteira de artigos com textos longos. Então vou apenas dissertar sobre o “core” do assunto, ok? Então vamos lá.
Meados da década de 2000. Governo Federal brasileiro cria o programa Computador Para Todos, que oferecia PCs completos com valor reduzido e formas de pagamento facilitado, focado em famílias de baixa renda. Isso foi possível, também, graças a diminuição constante no valor de produção e avanço na tecnologia dos componentes, ao mesmo tempo que a internet estava aos poucos tornando-se mais e mais popular e acessível. Leve em conta que menos de 05 anos antes um computador no Brasil podia ser comprado por consórcio e custava tanto quanto um carro popular. Telefone fixo e internet também eram bastante inacessíveis para a grande maioria da população brasileira. As grandes lojas acompanham os novos preços. Com isso houve o “boom” dos PCs. De repente muitas famílias puderam ter um computador com internet em casa. Da mesma forma que aconteceu com os celulares. Essa é a primeira peça do quebra-cabeças.
Esse “boom da inclusão digital” permitiu que as pessoas pudessem ter acesso a serviços bastante restritos outrora, como é o caso da segunda peça do quebra-cabeças: compra e venda pela internet. No início havia muita desconfiança por parte do público. Também não haviam muitos sites de comércio eletrônico, e os que já estavam no ar, de grandes redes de lojas, ainda não tinham tanta popularidade. E ainda por cima nessa época serviço de entrega pelos correios era mais demorado. Um item que comprasse de um vendedor de São Paulo em 2006 demorava quase 40 dias para chegar, ao passo que uma compra vinda do mesmo endereço hoje leva no máximo 04 dias para minha região. Então qualquer anúncio feito no MercadoLivre, por exemplo, era visto primeiro de tudo com desconfiança. E os vendedores sabiam que estavam oferecendo produtos para público específico, de gente que entende do que se trata.
Quem acompanha meus textos deve se lembrar que comecei a colecionar videogames antigos em Fevereiro de 2000. Minha primeira compra pela internet, no MercadoLivre, foi um exemplar de Jurassic Park de Master System, em 2004. Os pouquíssimos anúncios de games antigos que se tinham, ainda, contavam com descrições numa linguagem que você percebia que o vendedor esperava estar sendo visto por alguém que já conhecia o item. Em outras palavras: pouco coisa sendo comercializada, para um público restrito, de quem entende para quem entende. Tanto é que este cartucho não custou muito. Na verdade, por uns bons anos, o jogo mais caro que eu havia comprado para a coleção foi meu exemplar loose de Super Mario All-Stars americano, que trouxe de um sebo em Curitiba, e custou em 2004 “absurdos” R$40,00.
A questão é que videogame antigo, nessa época, ainda era considerado “lixo”, e estava longe de ser peça de coleção como o é hoje. Até mesmo videogames raros e incomuns como o Atari Jaguar, o 3DO, o NeoGeo CD ou até mesmo add-ons como Sega 32X podiam ser encontrados completos por R$150,00. Ou até menos.
Pouco depois disso tivemos contato com o principal fenômeno da internet daquele período: Orkut. Agora as pessoas podiam se encontrar, se conhecer e falar de seus assuntos favoritos como nunca antes. E no Orkut as pessoas se acostumaram com a ideia de se usar internet para mais coisas além de apenas trabalhar, estudar e ver um e outro conteúdo isolado. Nos fóruns do Orkut era possível discutir profundamente sobre quaisquer temas. Alguns eram tão organizados, com moderação e tudo, que valiam mais que muita aula do ensino médio público. E foram em alguns destes fóruns que fãs de games antigos começaram a se encontrar. E aos poucos, nas trocas de experiências, começaram e negociar seus itens. É claro que muito antes disso, ainda nos anos 90, as saudosas listas de discussão de email já faziam esse papel, porém era algo fechado e com uma pequeníssima parcela da população apta.
Com o tempo, conforme acesso a internet foi se popularizando e chegando em um número cada vez maior da população, os sites de vendas amadureceram muito no sentido de proteção ao consumidor. A qualidade estava cada vez maior. As pessoas agora estavam comprando mais pela internet. Ao mesmo tempo Youtube e mais tarde o Facebook entraram em cena, chegando de vez nos moldes da cultura que temos hoje.
Por que toda essa história? Para mostrar desde o início como os responsáveis pela supervalorização dos games antigos surgiram. Note que num primeiro momento havia um mercado de retro-games que era restrito e “especializado”. Conforme o tempo e popularidade da internet esse público cresceu, com cada vez mais gente interessada, a ponto de começarem a aparecer conteúdos com a temática retro-games.
YOUTUBERS E IOUTÚBERS
O Youtube hoje é uma das maiores plataformas de conteúdo de toda a internet. E por que não dizer, da humanidade e da História. Não é exagero, você sabe disso. Quanto a qualidade do que é produzido…
Nostalgia pelas delícias da infância e adolescência todos nós temos. Poder falar para as pessoas do quanto certo item do seu passado te fez muito feliz, te trouxe grandes momentos com os amigos, família, ou mesmo sozinho, é maravilhoso e um vício muito bom. Em 2010 canais especializados em videogames antigos no Youtube começaram a aumentar em quantidade, aos poucos. Ótimos canais, com vídeos produzidos por pessoas que tinham experiência e histórias para contar. Esses canais começaram a repercutir e se popularizarem. Afinal, nostalgia é venda garantida em qualquer área. Ao mesmo tempo a monetização dos vídeos estava crescentemente garantindo bons retornos financeiros para os criadores de conteúdo, o que era mais que motivo para youtubers se dedicarem aos seus conteúdos com profissionalismo. Porém, sabemos que nem tudo são flores nessa história.
Com o boom do tema “games” no Youtube, muito motivado pelo fenômeno Minecraft, de repente uma enxurrada de jovens inexperientes em tudo começaram a criar canais e mais canais sobre games. Conteúdo medíocre, baseado em experiência nenhuma ou de 02 horinhas mal jogadas em certo game antigo pelo emulador. Sem ter muito o que falar, copiavam conteúdo de canais grandes. Ou de textos em blogs especializados (como meu texto sobre 1 ano de Atari Jaguar, que foi usado parcialmente para um vídeo de um canal que eu nunca tinha visto antes).
MEDIOCRIDADE E IGNORÂNCIA
Com tanto canal fazendo a mesma coisa, não é de admirar que um adolescente de hoje que nunca tenha visto um SNES na vida tenha tanta dificuldade em entender certos pontos. Imagine que você é um vendedor de uma loja de games qualquer. Chega para você um SNES completinho na caixa. Você vai na internet conferir o preço que ele está no momento para fazer sua cotação e se depara com uma avalanche de vídeos enaltecendo aquele tesouro absoluto que é um SNES com Super Mario World na caixa original. Você simplesmente cria um preço na sua cabeça e etiqueta na embalagem. Nisso chega aquele adolescente com cara que não pega numa louça em casa e pelas roupas o papai tem muita grana e vem ver o SNES, que “é muito raro e muito antigo”… Pronto. Venda realizada com sucesso. E o estúpido ainda chama os amigos dele para ir até a loja ver os outros jogos antigos que tem lá e posta foto no Facebook todo orgulhoso…
EU VI ESSA CENA ACONTECER em uma loja de games de Curitiba. Uma loja que eu era cliente há muitos anos, onde comprei diversos jogos para principalmente Atari 2600 e Master System, mas também NES e Mega Drive. Porém briguei com o vendedor quando eu estava finalmente na caça de um Atari Jaguar. Fora que os preços do cartuchos, por exemplo, de Atari 2600 e Master System, de R$10,00 num ano, pularam para R$110,00 no outro. Jogos comuns, de catálogo. Só porque agora, devido a febre, eles se tornaram “muito raros e antigos”. Sem contar que naquelas condições péssimas de conservação… Somado a isso, depois daquele dia da briga por causa do Jaguar, nunca mais botei os pés lá. A loja perdeu um cliente de anos, que depois dessa data já comprou muita coisa que poderia ter sido deles.
Adolescente que nunca teve contato com games antigos, com dinheiro do papai, enfeitiçado pela moda da nostalgia que está tão em alta hoje, desses que sempre marcam e compartilham aquelas postagens de gente carente por atenção de grupos de games de Facebook do tipo “Se você fez conhece essa merda nesse jogo você que tem dar um like, pelo amor de Deus” e que ama canais teen de games no Youtube é o principal responsável pelos preços abusivos de hoje. Ou ao menos “vítima”, porém com sua parcela de culpa, sim.
Obviamente não são todos os canais de games promovidos por adolescentes e não são todos que são assim. Nos últimos 02 anos, nos eventos da 2Join tenho me surpreendido cada vez mais com piazada nova que está sabendo buscar conteúdo relevante sobre o tema, que conhece e joga bem os clássicos. Até porque mesmo essa piazada de agora, no Português esclarecido, não têm mais saco pra esses posers. Sim, posers, porque um indivíduo entendido do assunto não vai cair em lábia de vendedor inescrupuloso.
E isso parece acontecer quase que exclusivamente aqui no Brasil, com vendedores daqui. Se você entrar agora no MercadoLivre a procura de, sei lá, Super Mario World americano que seja (jogo comum, muito fácil de achar) e procurar também no ebay, vai ver a enorme diferença de preço e estado geral de conservação. Fora que vendo o perfil dos vendedores no ebay geralmente são com milhares de vendas e 100% de feedback positivo.
Esse é um ponto que rende um texto à parte que pretendo lançar em breve, todavia. Quais são os erros mais comuns que um comprador desinformado comete e um guia para compras bem-sucedidas.
O SNES
De todos os consoles antigos, com toda certeza o Super Nintendo é o mais visado pelos vendedores-da-p*ta-que-o-pariu. Os motivos podem ser listados e dissertados em torno destes pontos:
- Tempo de mercado prolongado no Brasil;
- Pirataria;
- Popularidade da época e atual;
- Escassez de itens originais remanescentes em bom estado de conservação.
TEMPO DE MERCADO no Brasil foi relativamente longo, com Gradiente comercializando consoles novos até 2002, em plena época de Playstation 2. Esses quase 10 anos de mercado garantiu que o console permanecesse no imaginário popular por mais tempo.
PIRATARIA permitiu que qualquer um pudesse ter muitos jogos gastando pouco, ao mesmo tempo ajudava ainda mais na popularidade do console.
POPULARIDADE. Nem preciso dissertar muito aqui, né? Nos anos 90, como já dito, grande parte da piazada queria porque queria um SNES. Eu incluso, numa história engraçada que abordarei noutro artigo. Hoje em dia, com essa geração dos anos 90 crescida e vivenciando a paixão nostálgica por tudo que é antigo e retrô hoje influencia as novas gerações. E vem a Nintendo e me faz o favor de lançar um SNES Mini recheado de jogos e ainda com um título inédito, só pra atiçar tudo mais ainda.
ESCASSEZ DE ITENS EM BOM ESTADO é um problema sério. Se você acha que pagar R$250,00 num jogo de lançamento é caro, lembre-se do que já mencionei noutros textos anteriores: nos anos 90 um jogo de SNES custava R$120,00, numa época que o salário mínimo era cerca de R$100,00. Trazendo para os dias de hoje é como se você pagasse mais de R$ 1000,00 em um único jogo! Com esse preço bastante absurdo da época acesso a jogos originais só criança da classe média/alta pra cima. Como deve imaginar, então, jogos originais que circularam pelo mercado não foram tantos. E que tenham remanescido até os dias de hoje, ainda em bom estado de conservação, menos ainda…
A coisa tá tão sem controle que esses dias, navegando por um grupo de retro-games pelo Facebook, me deparei com um carinha vendendo um cartucho PIRATA de DKC por R$150,00. P-I-R-A-T-A!! No mesmo grupo, no dia seguinte, um sujeito vendendo SNES todo cagado e encardido, com “fitas paralelas que funcionam”, por R$800,00. OITOCENTOS REAIS, CARALHO!!! E se eu entrar agora mesmo seja no Facebook, ou no ML, com toda certeza vou me deparar com outra pérola dessas… É absurdo demais! Só não é tão absurdo quanto os comentários interessados de potenciais compradores…
DESVALORIZAÇÃO DA DÉCADA DE 2000
“Então os preços de hoje, comparado com a época, estão bons até, certo?” Se você entendeu isso, pode ir lá postar foto do Instagram com seu cartucho de Super Mario World repro e relabel que você comprou por R$300,00 e deixe esse texto pra lá. Tá bom, vai. Vamos ver outro fato bem interessante.
Ao fim da década de 90 e início de 2000 o mercado de itens de segunda mão ajudou a derrubar esses preços, ao passo que o salário mínimo aumentou. Um cartucho de SNES que antes custava R$120,00 em 1995 poderia ser encontrado em 2000 custando menos de R$40,00. Em 2000, se não me engano lá pelo mês de Agosto, comprei 02 jogos originais de SNES por R$15,00 cada, só para exemplificar. O interesse da galera agora era outro: as novas gerações. Uma parcela, talvez a maior dela estava babando no Playstation e PC, outra parcela em Dreamcast e outra em Nintendo 64. Super Nintendo sucateou rapidamente para muita gente.
Além disso tudo, em 2002 a Gradiente encerrou representatividade da Nintendo no Brasil. Pelo que me consta, salvo engano, essa longa parceria foi rompida repentinamente, porque a Gradiente estava com um grande estoque de cartuchos de SNES prontos para seguirem para os distribuidores e varejistas. Contudo, o que se seguiu não foram esses cartuchos chegando nas prateleiras de grandes lojas. De repente, começaram a aparecer toneladas de cartuchos originais de SNES em lojas populares, como as famosas lojas de 1,99. Até mesmo em camelôs! Eu lembro de ter visto muitas vezes cartuchos originais novos de Super Mario World, The Legend Of Zelda A Link To The Past, Tetris Attack & Dr. Mario DX e Vegas Stakes em lojinhas de 1,99 e em camelôs no centro de Curitiba. Com isso ocorreu uma desvalorização total destes itens, pois estavam sendo vendidos a preço de custo, que chegava bem próximo do valor de suas contrapartidas piratas, que já eram baratinhas. Com tudo isso, SNES e seus jogos perderam muito valor.
Eu mesmo, em 2012 (note quantos anos depois), estava passando defronte a uma antiga e tradicional loja de 1,99 remanescente daquela época aqui na minha cidade, que inclusive fecharia as portas pouco depois. Então notei um cartucho no balcão. Não pensei duas vezes. Comprei um cartucho novo de SNES, original e lacrado, POR MENOS DE R$10,00! Este é o único game que mantenho lacrado em meu acervo, em homenagem a este dia único! =P
RELEVÂNCIA DO SNES COMO ITEM DE COLEÇÃO
Essa é minha opinião como colecionador com 18 anos de estrada, mais alguns tantos anos como jogador. É muito importante lembrar, e aqui estou sendo pessoal, que o SNES para caráter de item de coleção é de fato um console obrigatório, pela sua representatividade na História do Videogames, pelas suas franquias, pelas influências e inovações tecnológicas e que definiram padrões na indústria as quais seguem até hoje (como o layout do controle, com 04 botões de ataque, 02 de opções e a inovação dos botões de ombro). Mas ele não é, nem de perto, o mais valioso.
Tão fundamentais numa coleção focada só nos consoles mais populares também figuram os da Sega, da Atari e da Sony. O Master System foi absurdamente popular aqui, durando no mercado até hoje, inclusive. O NES com seus clones nacionais também. O Atari 2600 poderia ser o console n°1 de qualquer início de coleção, dada sua tremenda importância. Se fosse considerar, por mim, um console tão relevante quanto o SNES eu diria o Playstation. E olha que minha primeira meta como colecionador era “ter todos os jogos que joguei na infância“, que por questão de acesso eram praticamente todos de SNES, o que me fez ter dezenas de jogos de SNES e pouquíssimos de PSX. Mas estão ali, me divertindo muito!
Entendeu o raciocínio? O SNES é importante, sim, mas não é o tesouro máximo do universo. Claro, isso vai muito de cada um. Eu mesmo listo o Atari Jaguar como meu console favorito, com motivos pessoais bem definidos no coração. Porém aí abusar dos preços é outra história.
CONCLUSÃO
O SNES foi um videogame espetacular, que mesmo os consoles da próxima geração chegando no mercado continuou popular e fazendo sucesso. Porém com o fim da década de 90 e início de 2000 desvalorizou muito frente a nova geração e a possibilidade de se poder ter um PC novo em casa, com internet. A popularização da internet permitiu que o mercado de games antigos nascesse, antes pequeno e altamente especializado, agora gigantesco e bastante popular. A ingenuidade das novas gerações levaram a maioria ignorante a não buscar conhecer os games antigos direito e a caírem na lábia de vendedores-da-p*ta-que-o-pariu, porque veem os games antigos como o Santo Graal que vão leva-los a serem os fodões dos geeks. Essa massa de idiotas, por não saberem o que estão fazendo, somado a onda retrô atual, jogou o preço dos consoles antigos nas alturas, especialmente do talvez mais famoso e lembrado deles.
Por fim vale ressaltar que, apesar de toda essa reflexão carregada de crítica, existem sim, e felizmente não são poucos, vendedores e lojas que exercem preços justos. Não só de SNES, como também de outros consoles antigos. Gente que entende do assunto, que vende esperando chegar não só em colecionadores e entusiastas iniciantes no universo do colecionismo, mas também em colecionadores calejados de longa data. E é maravilhoso comprar com lojistas e vendedores assim, até mesmo porque boa parte deles também são colecionadores e compram coisas para si mesmos, portanto, são transações tranquilas, sem stress, não são preços engessados que não podem ser negociados, os itens são originais e estão em boas condições, e sua coleção cresce lindamente.
Se você é um adolescente ou um jovem adulto que está nessa onda de colecionismo também ou que está interessado em colecionar, POR FAVOR procure se informar bem sobre o que vai comprar. Saiba discernir bons de maus vendedores, evite cair na lábia desses filhos-da-p*ta e o mais importante: planeje e vá com calma. Assim você não vai colaborar com essa palhaçada toda de hoje, não vai se frustrar, não vai gastar rios de dinheiro e poderá curtir seus novos queridinhos com muito mais entusiasmo. ;D