Review: Tales of Phantasia (Snes – 1995)
Fala galera! Hoje quero apresentar a vocês – ou reapresentar, caso vocês já conheçam xD – o game Tales of Phantasia. Ele foi o primeiro game da franquia Tales of, uma ótima série de rpg da Bandai Namco.
“Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5:7,8
Calma aí! Você deve estar pensando: “Estou em um site de nerds ou sobre Bíblia?” Vou explicar: eu sou cristão como alguns sabem, e sempre leio e estudo sobre minha fé. Não seria surpresa eu relacionar certos pontos de alguma ficção (seja ela um game, uma série ou filme) com algum ponto ou versículo bíblico, ou até mesmo alguma obra fictícia ser baseada em certos pontos bíblicos. Em Tales of Phantasia, no versículo acima eu pude ver de certa forma a essência dele no game. Não que o game em si seja baseado na Bíblia (não… não é), mas o tema do versículo pode ser visto de certa forma em um determinado evento e este evento você só vai descobrir jogando!
ATENÇÃO: Não estou querendo comparar um personagem fictício de um game com Jesus, de maneira alguma! Estou apenas tentando explicar e atiçar a curiosidade de vocês para um evento do game que tem a ver com sacrifício e salvar pessoas dentro da história do jogo. Mas o diferencial é a forma como essa reviravolta acontece! Bem forte!
(para os mais curiosos, vou contar esse momento para o final do post)
História
Tales of Phantasia foi produzido pela WolfTeam e publicado pela Namco originalmente para o Super Nintendo (Snes) em 1995. Anos depois, o game foi também publicado para outras plataformas: PlayStation (PSOne), Game Boy Advance (GBA) e PlayStation Portable (PSP).
Há muitos anos, conta-se que um suposto rei chamado Dhaos (pouco se sabia sobre ele) enlouqueceu e criou uma onda de matança de quem estivesse contra ele. O mesmo foi selado por um grupo de quatro guerreiros, impedindo assim que seus atos de assassinato e destruição de vilas continuassem. Anos depois, uma pequena vila chamada Totus é atacada e dizimada e somente dois jovens sobreviveram (isso porque não estavam ali no momento do ataque!): Cless Alvein e Chester Barklight. Com muita dor no coração, Chester decide ficar e enterrar os conhecidos e parentes, enquanto Cless decide partir em busca de respostas pelo ato de atrocidade que aconteceu com sua família e amigos.
Aqui começa a incrível jornada de Cless Alvein e seus amigos, que inicialmente partem em busca de respostas sem ao menos saber que são descendentes de famosos heróis do passado e suas aventuras irão cruzar a linha temporal do passado-presente-futuro.
Personagens
Cless Alvein – jovem espadachim de 17 anos de um pequena vilarejo que tem como melhor amigo Chester, aprendeu a manejar a espada com seu pai. Jovem sincero e leal, com o tempo começa a nutrir amor por Mint, outra companheira que conhece durante sua jornada. Algumas de suas habilidades em jogo são aprendidas subindo de level e outras comprando de professores que aparecem no decorrer do game.
Chester Barklight – um arqueiro de 17 anos, dedicado aos amigos e impulsivo, agindo muitas vezes sem pensar. Amigo de Cless, altamente dedicado a seus amigos e familiares, ele tem uma tendência a se precipitar em situações sem pensar nas consequências. Não possui habilidades especiais, porém, um certo arco e flecha está entre as armas mais poderosas do jogo.
Mint Adnade – uma jovem sacerdotisa de apenas 17 anos e filha de uma também famosa sacerdotisa. Seus poderes de cura vem da Mana, uma energia de vida que estabiliza o mundo. Personagem calma, serena e corajosa. Suas habilidades no jogo vem exclusivamente subindo de level.
Klarth F. Lester – é um homem de 29 anos estudioso e com profundo conhecimento sobre os espíritos elementais. Seu jeito meio amargo e muitas vezes “durão” esconde um bom coração e amor pela sua esposa, Miranda Rune. Suas habilidades em jogo vem de contrato com os espíritos elementais que ele faz através de anéis mágicos, porém é preciso vencer os tais espíritos antes de querer contratá-los.
Arche Klaine – uma meio-elfa que possui dons naturais de usar magia e tem uma vassoura que permite voar. De personalidade brilhante, intensa e explosiva, consegue ao mesmo tempo ser meiga e o bom humor do grupo. Suas habilidades no jogo são adquiridas através de pergaminhos achados em tesouros ou compradas através de professores.
Sistema de Batalha
Algo que me surpreendeu foi o sistema de batalha utilizado nesse primeiro Tales of. Chamado de Linear Montion Battle (LMB), nele você controla seus personagens em tempo real e com uma visão lateral (como mostrado na imagem acima). Outro ponto positivo são as dublagens, com vozes no decorrer da batalha toda! O hardware de som do SNES com o auxilio da tecnologia FVD, permitiu incluir músicas inteiramente cantadas, que na época foi algo inovador.
Conclusão
Tales of Phantasia é um jrpg (rpg oriental) que sacia o gosto de qualquer fã do gênero. Inicialmente, parece ser apenas mais um com o tema medieval-clássico, mas já no inicio percebe-se que ele tem o seu charme e diferencial e não somente na parte técnica (como o sistema de batalha inovador na época e as dublagens) mas também na história. Com jovens personagens, o jogo entrega temas adultos e reflexivos como: cuidado para com a natureza e vida, família, perda, amor e humanidade. Fica a pergunta que remete lá em cima no versículo que citei: Até onde você chegaria para salvar os seus? Até que ponto ou ações você faria para o bem da humanidade?
A série Tales of atualmente tem um total de 16 games (!!!) principais (sem contar alguns spin off) e geralmente as histórias entre eles não são interligadas, salvo algumas exceções. O último game lançado foi o Tales of Berseria (PS3, PS4, PC – 2016). Foi confirmado pela própria Bandai Namco que nesse ano fiscal de 2017 (que termina em março de 2018), o Nintendo Switch receberia um Tales of, só não sabemos ainda se será um novo game, ou algum port de algum título anterior. O game Tales of Phantasia (assim como outros da série) possui uma série de anime em 4 OVA‘s, contando a mesma história do game de forma resumida.
Espero que vocês tenham gostado dessa análise e que ela tenha despertado o interesse de jogar esse primeiro Tales of. Quem sabe tenha aguçado ainda mais a ponto de jogar a série como um todo? Tomara que sim!
Alerta de Spoiler!!!
Atenção! A partir daqui vou falar do jogo citando várias partes que contém SPOILERS, então caso você não tenha jogado Tales of Phantasia e pretenda jogar, eu o aconselho a não clicar.
Se você já jogou ou não liga para spoilers, pode continuar lendo numa boa.
(NOTA DO EDITOR: reclamar de spoiler de um jogo lançado há 22 anos é dose hein)
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Para você que não liga para spoiler ou não consegue segurar a curiosidade ai vai a revelação da reviravolta do jogo, que no caso você só sabe no final dele:
Martel, o espírito da Mana e guardiã da árvore da Vida, explica que Dhaos na verdade não é da Terra e sim de um planeta chamado Derris Karran, que foi dizimado lentamente devido à morte da árvore da vida deles e que sustentava a Mana do planeta Derris. Tentando obter uma semente da árvore do mundo deste planeta, a Yggdrasil, Dhaos vem para a Terra mas também descobre que a ela estava sendo dizimada pelos seus próprios habitantes, os humanos. Para salvar a Terra e Derris, Dhaos decide limpar a tecnologia e os humanos insensatos que estavam destruindo lentamente a Mana restante.
Uma atitude bem extrema de Dhaos, lógico, mas Cless e seu grupo tomam um banho de água fria ao descobrirem que, ao salvar seu mundo, eles condenaram o mundo de Dhaos.
Mas, Martel ao ter a energia da Mana de volta com força total, envia uma semente de mana através do corpo de Dhaos ao seu planeta natal, e assim, salva não só a Terra como a terra de Derris.