Mundo Aberto e Seu Impacto Nos Jogadores

Fala galera feia que visita meu site! Vocês são feios, mas são o que eu tenho, então, por mais que eu não goste de vocês, sempre estou me esforçando pra agradar cada um desses ogrinhos de ouro. Em troca vocês fingem que não leem os artigos e eu finjo que vocês são reais. Foi pensando nesse nosso incrível relacionamento de amor e ódio, que eu trouxe uma novidade no site hoje. Um artigo de uma pessoa que não é redator oficial do site, mas que escreve melhor que eu. Sim, o a vida é injusta, o cara escreve pra caraleo e hoje é aniversário dele, então, aproveitei para trazer esse artigo fodástico do incrível, professor e produtor de jogos, Rodrigo Telma!



Rodrigo Telma – Mito!

Quão impactante pode ser a mecânica de Mundo Aberto num jogo? Já se perguntou como você e outras pessoas, cada uma a seu modo, se comportam nesta situação? Jogar algo tão cheio de opções que você mal consegue se decidir o que fazer?

Lembro da primeira vez que tive esta sensação, há muitos anos atrás. Eu havia ido visitar um primo meu, que morava em outro estado, e ele tinha um Super Nintendo, um console da era 16 bits e, de longe, meu favorito até hoje. Acontece que tal primo havia acabado de comprar uma fita novinha e ORIGINAL, algo raro para nossa família de baixa renda. Pedi para jogar a tal fita nova quando fui impactado pela entrada do jogo. Uma triforce dançando em pleno ar num fundo preto que logo é preenchido por uma imagem belíssima de um castelo e um fosso de água com uma grande logo da série surgindo em primeiro plano.

Lembro que, só de ver esta entrada, eu soube que o jogo era de qualidade. Veja bem, eu era criança quando isso ocorreu e não conhecia a série The Legend of Zelda ainda, então simplesmente não sabia o que esperar! Comecei a jogar, com uma certa dificuldade no começo mas, em pouquíssimos minutos, eu peguei a manha dos controles, de atacar e escapar de inimigos e logo estava atravessando a primeira parte do castelo e seu calabouço para escapar dos perigos e salvar a princesa. Algum tempo depois eu terminei a primeira parte da aventura que funciona como um pequeno tutorial, e saí pela porta da frente do templo. Ali, não havia caminho definido para seguir e foi quando me perguntei, pela primeira vez naquele jogo, “E agora?”. Meu primo, que assistia tudo até aquele momento, disse: “Abre o mapa e dá uma olhada.” e foi o que fiz.

Foi naquele momento que eu percebi a magnitude do mundo contido naquela pequena fita de SNES. Apenas para testar o que meu primo havia dito, fui pelo caminho contrário ao de meu objetivo e fiquei ainda mais surpreso quando percebi que sim, ERA POSSÍVEL IR PARA QUALQUER LUGAR!

(Se houvesse memes na época, este é o que eu usaria para me expressar no momento.)

Comecei, rapidamente, a explorar todos os cantos e lugares daquele GIGANTESCO mapa, me esquecendo completamente da missão principal! E aí? Esta última parte lhe soa familiar?

Obviamente, para os padrões atuais, The legend of Zelda: A Link to The Past pode não parecer grande coisa mas, para a época, era provavelmente, um dos maiores mapas abertos criado para os vídeo games. Isso sem falar nas várias dungeons que podem e DEVEM ser exploradas para se conseguir novos itens e melhores status. Cada uma com suas mecânicas e apetrechos próprios para serem conquistados.

mapazeldaaa(Acredite, caro leitor, esse mapinha parecia gigantescamente grande naquela época.)

Outra experiência que tive com este jogo foi ao entrar na última dungeon de Hyrule, logo após finalmente conseguir a Master Sword. Ao final da Dungeon, eu estava ficando muito triste pois, em minha cabeça, eu estava me aproximando do final do jogo e logo salvaria a princesa Zelda e veria os créditos finais daquela obra prima criada pela Nintendo. Eis que eu finalmente termino de derrotar o vilão final e… “PUTA QUE ME PARIU, BROTHER! TEM OUTRO MUNDO!” Uma segunda parte do jogo se abria, com, pelo menos, o TRIPLO de dungeons da primeira! E mais uma vez minha mente explodiu!

Nem preciso dizer o quanto esse jogo me manteve ocupado e entretido! Eu passava, literalmente, semanas jogando-o, sem nenhum tipo de ajuda ou guia. Hoje, com todo o conhecimento que tenho, posso termina-lo facilmente em algumas horas mas, para qualquer um que nunca tenho jogado o Zelda do SNES, vale MUITO a pena perder algumas horas para termina-lo.

Novos Tempos

Acho que a última vez que senti a mesma sensação de liberdade que este Zelda me proporcionou foi já na sétima geração de consoles, com o quinto jogo da série Elder Scroll’s, Skyrim. Este, sendo um jogo muito mais atual, com toda certeza está mais famoso e fresco na memória dos jogadores. (Até por que a Bethesda não nos deixa esquece-lo, lançando-o anualmente para um console novo ou numa nova edição diferenciada.) Com toda certeza, daqui a alguns anos, Skyrim será lembrado por muitos como um ícone dos jogos de mundo aberto, assim como eu me lembro de A Link To The Past.

Helgenaaassss

(Quem não saiu de Helgen, se daparou com essa vista, e não pensou “Porra! Essa merda é grande pra caralho!”)

Comparando ambos os jogos, podemos perceber a grande diferença e evolução no conceito de aventuras de mundo aberto, tornando tudo maior, mais aberto e explorável. Indo mais para frente, com Fallout 4, também da Bethesda, é possível perceber, de forma ainda mais forte, estes aspectos, onde é possível não apenas explorar o mundo, mas também altera-lo, mesmo que de forma limitada. Algum tempo atrás, ouvi numa pequena conversa de bar a seguinte questão: “Quando essa moda dos jogos de mundo aberto vai acabar?” Mentira, não foi numa conversa de bar. Foi um adolescente metido num ônibus mesmo. Mas a questão permanece, caro moleque desconhecido e espinhento que eu provavelmente nunca verei novamente na vida.

Sinto em lhe dizer, (Não, não sinto. Adoro jogos de mundo aberto.) mas isso não é uma moda e não irá acabar. Jogos de mundo aberto estão aí há MUITOS anos, mas apenas agora estão tomando proporções REALMENTE grandes, além disso isso só tende a aumentar. O número de jogos de mundo aberto está crescendo cada vez mais e esta característica está cada vez se tornando mais apreciada pelos jogadores do mundo inteiro, tornando-se, quase, um requisito para um jogo de sucesso em muito casos, principalmente nos RPG’s.

Temos grandes títulos dos últimos 10 ANOS que só mostram como essa característica tem cada vez tomado mais conta dos jogos! Série Fallout, Elder Scroll’s, Infamous, Red Dead Redenption, The Witcher, série GTA, série S.T.A.L.K.E.R, Saints Row, Far Cry, Dragon Age e, inclusive, o famigerado Minecraft, odiado por muitos e amado por outros tantos. Este último, levando essa característica ao seu nível máximo, com o mundo aberto e sua liberdade sendo o grande chamativo do game.

mimimimimw

(Minecraft é bacana, mas a fan base fode a porra toda.)

Nem tudo são rosas

Não só isso mas cada vez mais outros estilos de jogos estão se apoiando no mundo aberto para criar uma narrativa intensa com uma liberdade para o jogador, como Mafia e L.A Noire. Mas não se engane, eu adoro jogos de mundo aberto, mas sei ver um jogo RUIM, independente de sua liberdade. Mundo aberto NÃO É SINÔNIMO DE QUALIDADE, PORRA! Não é mesmo, No Man’s Sky? Um dos jogos mais hypados dos últimos anos e que flopou de forma grandiosa. Meus instintos de jogador desconfiado me mantiveram longe dessa master piece da mentira humana (Graças ao bom deus dos joguinhos.) Meu amigo Paulo não teve a mesma sorte. Comprou a bomba, divertiu-se muito por 3 longas horas e depois se arrependeu amargamente.

Se estiver lendo isso, Paulo: SE FERROU! EU AVISEI SOBRE ESSA MERDA! JOGOU DINHEIRO FORA DE TROUXA! TEVE QUE COMPRAR ESSE MONTE DE MERDA COLORIDA!

nomananana

(Sinto cheiro da merda só de ver esse colorido todo.)

“Ai, mas eu gostei desse jogo!” Só por que tem gente que gosta de comer merda, ela não deixa de ser merda.

Resumão para quem pulou para o final por ser preguiçoso: A maioria dos jogos de mundo aberto são muito bons mas tem aqueles que não devemos nem tocar. E provavelmente esse “gênero” nunca vai acabar. Então relaxe, explore, e aproveite.

Visio

Criador da marca 2join, ama os games!