Mad Max (Sim, o Clássico)
Guerra nuclear, motores potentes, desertos e seres humanos vivendo sem regras, no limite! Esse é o clima de Mad Max (Australia, 1979), um dos melhores road movies de todos os tempos. Em um mundo pós apocalíptico, Max Rockatanski (Mel Gibson) é um patrulheiro da polícia australiana que tenta manter (ou trazer) a ordem para as estradas infestadas de gangues violentas. Após sofrer um grande trauma, Max extrapola os limites da lei, não só para cumprir sua missão de manter a paz nas estradas, mas principalmente para acalmar seu coração cheio de ódio e vingança. Um filme que foge dos padrões de Hollywood, “sujo” e com ótimo efeitos especiais.
Esse foi o produto que o diretor George Miller entregou, primeiro aos aussies e depois para o mundo todo! E o resultado? Sucesso! Com um orçamento de US$ 400 mil, teve uma arrecadação de mais de US$ 100 milhões no mundo todo! E não é sorte, é qualidade! Efeitos práticos fantásticos, cenas de perseguição ótimas, trilha sonora de primeira (Brian May, guitarrista do Queen, é o compositor), alguma nudez e carros batendo e explodindo, tudo isso faz de Mad Max um filme obrigatório! Para quem já teve alguma experiência com cinema, sabe que isso é uma brincadeira cara! Trabalhei na produção de um filme independente, e o glamour desaparece atrás das câmeras! Tudo gera aumento no orçamento: a comida que servimos para o staff e elenco, transporte, cachê, efeitos especiais, edição, etc. No caso de Mad Max, não foi diferente!
Muitos dos carros utilizados na gravação desse filme eram sucata da Policia Australiana, outros eram repintados para aparecer em mais cenas! Presta atenção numa van que é despedaçada no começo do filme! Esse veículo pertencia ao diretor, George Miller! Isso é 8,0 cinema! Dedicação total a arte!
Mad Max pode não ser o melhor dos 4 filmes da série, mas é um “filmaço”! Situa bem o espectador no “universo” e é uma ótima gênese dessa série violenta e cheia de ação! Na escala das cilindradas, leva 8 de 10! Reforço: ASSISTAM!