2 Join Critica: Han Solo – Uma História Star Wars

Marilenes e Marilênios, cá estou de volta trazendo posts sem noção, análises sem embasamento e piadas sem graça pra este portal!
Sim, eu também senti saudades, admito, mas vamos deixar os abraços pra depois e ir direto ao assunto.

Antes de começar já aviso que ESSE POST NÃO CONTÉM GLÚTEM, GORDURAS TRANS, ALIMENTOS TRANSGÊNICOS E NEM SPOILERS. Obrigado pela atenção.

Desde que a Disney/Lucasfilms anunciou um filme sobre Han Solo eu fiquei com os dois pés e os dois braços atrás. Parecia inclusive o Morto Muito louco, o que me causou uma dor aguda na coluna. Mas como dor aguda não é grave (rá), volte à posição ereta e soltei um sonoro “MAS PRA QUE CARALHOS VÃO FAZER ISSO? VÃO ESTRAGAR MEU CONTRABANDISTA FAVORITO, PÔ”. Tentei me manter afastado de toda e qualquer notícia a respeito do filme, incluindo trailer de lançamento.

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Paran Paran Pan Pan Panpan, Paran Paran

Não me agradava a ideia de colocarem outra pessoa pra interpretar o personagem imortalizado por Harrison Ford e sua canastrice natural, e quando soube que o ator escolhido era Alden Ehrenreich, uma espécie de Selton Mello deles (eu juro que tentei fugir das notícias, mas a internet é implacável), aí que se foi o boi com as cordas. Ator desconhecido, com jeitão de figurante da novela da globo e com a responsabilidade de encarnar alguém tão querido pelos fãs (que andam ainda mais raivosos ultimamente) eram os ingredientes perfeitos para que a receita desandasse. Como se não bastasse isso, o filme passou por diversos problemas durante a produção, incluindo troca de diretores (saíram Phill Lord e Chris Miller, que foram substituídos por Ron Howard), e o filme passou por diversas mudanças de roteiro e refilmagens. Não era nada animador e o cheiro de tragédia tava no ar (mas não fui eu).

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Meu nome não é Johnny

Mas eis que um dia tomo um spoiler na cara e penso “puta merda, agora tenho que ver esse filme”. Baixei Adquiri legalmente o filme e no momento propício puxei meu santinho, enchi um balde de cheetos tubo, orei pra são Yoda e pedi pra Força me proteger. Coloquei o filme pra rodar e após duas horas e 14 minutos tive meu veredicto:

Não é que o filme é bom?

 

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Rolou até uma oferenda

Han Solo – Uma história Star Wars conta a história do Jovem Han quando ainda sonhava em ser piloto, antes mesmo de se tornar Solo e cair no mundo ganhando a vida no contrabando. E tudo o que envolve a mitologia de Star Wars e do personagem está lá: Chewbacca, Milennium Falcon, seu Blaster customizado, Lando Calrissian, seus problemas com gangsters, o percurso de Kessel e principalmente: ele atirando primeiro.

É tanta coisa que poderia até atrapalhar o desenvolvimento do filme, afinal qualquer um desses itens faltando já causaria o alvoroço e faria com que os fãs raivosos arrebentassem suas focinheiras e caíssem matando espumando de raiva. Mas no final tudo se encaixa de maneira geralmente harmoniosa (às vezes um pouco forçada, mas não é algo gritante).

Com exceção de Alden Ehrenreich, o elenco é composto por atores fora de série e bem conhecidos do público. A fabulosa Emilia Clarke (Game of Thrones, O Exterminador do Futuro: Gênesis) interpreta Qi’ra, o interesse amoroso do protagonista e responsável por cenas de luta que deixariam Punho de Ferro envergonhado. Woody Harrelson (Planeta dos Macacos: A Guerra) é Tobias Beckett, um mercenário que atua como mentor e conselheiro de Han. O trambiqueiro e futuro traidor Lando Calrissian é encarnado por Donald Glover (onipresente), mas se me dissessem que era Eddie Murphy (Um tira da Pesada) eu acreditaria, tamanha a semelhança física de ambos. O papel do amigo e co-piloto Chewbacca ficou a cargo de Joonas Suotamo e coube ao excelente Paul Bettany (o Jarvis/Visão, dos Vingadores) ser o antagonista Dryden Vos.

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Alden me surpreendeu por um motivo: Ele criou seu próprio tom para o personagem, sem precisar ficar o tempo todo emulando a atuação de Harrison Ford (apesar de eventualmente utilizar algumas caras e bocas parecidas com as de Ford), o que trouxe uma leveza muito grande à atuação. Donald Glover trouxe um Lando caricato ao seu estilo, porém sem deixar de ter semelhanças com Billy Dee Williams, o Lando original. Já o Chewbacca, mesmo não sendo mais vivido por Peter Mayhew (no auge dos seus 71 anos) foi bem incorporado pelo ex-jogador de Basquete Suotamo. Ele, por sinal, já havia dividido o papel do melhor amigo de Han Solo em Star Wars Ep. VII com o Chewie original (Mayhew) e atuado em Os últimos Jedi tendo Peter como consultor, com isso conseguiu manter os trejeitos do Wookiee favorito de 10 entre 10 contrabandistas espaciais.

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Foco nesse trio por já haver uma referência anterior no universo Star Wars, mas os novos companheiros trazem muita qualidade ao filme, chegando até mesmo a roubar a cena em diversos momentos, o que é perfeitamente normal e compreensível dada a capacidade deles. E, obviamente, são atores consagrados que não precisam de maiores apresentações.

Dito isso, outro ponto que merece destaque (e que me reservo o direito de conceder um parágrafo exclusivo nessa análise) é o percurso de Kessel:
Pra quem não sabe (ou não lembra), a Millenium Falcon é anunciada por Han Solo no Episódio IV como sendo a nave mais rápida da galáxia e a única a fazer o percurso de Kessel em menos de 12 parsecs (detalhe: parsec é unidade de distância, não de tempo. Segue o bonde.). Isso acabou criando uma aura de mistério, praticamente mitológica em torno desse acontecimento. Em Han Solo: Uma história Star Wars esse momento é mostrado com detalhes em uma sequência de tirar o fôlego, sem dúvidas o ponto alto do filme. É onde Han prova que realmente é um grande piloto e capaz de fazer milagres com qualquer coisa que voe, independentemente do local em que esteja.

No fim das contas, tudo o que você espera de um filme Star Wars está ali: storm troopers, império, perseguições espaciais, criaturas estranhas, sabres de luz, membros decepados, dróides, planetas estranhos com gente esquisita, Warwick Davis e braços decepados. Gostaria de entrar em mais detalhes do enredo, mas ao mesmo tempo não quero soltar nenhum tipo de spoiler ou opinião que possa interferir na experiência vivida durante o filme. Mas o que posso afirmar sem medo é: libertem-se de seus preconceitos e assistam que não irão se arrepender.

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Uma mistura de Frank com Leandro Karnal (dividido por 3)

Agora é esperar o próximo projeto de Filler da Lucasfilm (Obi-Wan Kenobi, pelo amor dos midichlorians) e o Episódio IX que fechará a trilogia da Disney.

Até a próxima!

(P.s.: a citação aos midichlorians foi zoeira, não briguem)

Fmrbass

Fã de Zelda e adepto da Nintendo desde que se conhece por gente. Fora um Atari e um Mega Drive, todos os seus outros consoles foram Nintendo. Nunca teve um Playstation ou Xbox (e nem pretende ter), já que nunca viu motivo pra isso.